(isto vai ser uma coisa quase poética… a sério)
Na banheira, chorava sozinha.
Coitadinha.
Ela só precisava de um abraço.
Mas não havia espaço.
Tinha o coração preenchido como se tivesse morrido.
Era um enorme vazio que a matava por dias a fio.
E vivia assim a sua vida.
Era uma causa perdida.
Mas depois achou-se.
Lembrou-se.
Mas que merda é esta?!
A vida é uma festa!
Então, saiu da banheira.
A diversão tinha fila e ela queria ser a primeira.
Que se fodam os arrependimentos.
A memória não existe apenas para os piores momentos.
Desejou que quem não a amava fosse levar no cu.
A doer se pudesse ser.
Acordou da estupidez e decidiu-se de vez.
Primeiro eu e depois tu.
E, se achares que não, podes ir para o caralho, então.
Eu vou deixar as lágrimas aqui.
A vida continua e não depende de ti.
Adeus banheira, olá brincadeira!
Tu ficas para o fundo da fila, e eu sou a primeira.
(eu não disse?... eu não disse que isto ia ser quase poético?)
Cão Sarnento.
2 comentários:
primeiro, depois o mundo, parece egoísta mas é a atitude obrigatória nestas alturas!
Pronomes pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas.
O único sem o qual não conseguimos realmente viver é o "eu".
E isto conclui a lição gramatico-existencial de hoje.
Enviar um comentário