Mulher de vermelho




Já alguma vez pararam para pensar na questão do vestido vermelho? Por que razão é que quando vestem um vestido vermelho umas mulheres ficam sensuais, e outras simplesmente parecem a prostituta da esquina? Há que pensar aprofundadamente nessa questão basilar do conhecimento humano. Um homem não sabe se há-se amá-la ou pagar-lhe! Se me perguntarem a minha opinião (que, de qualquer maneira, expressarei mesmo sem ninguém me pedir), a resposta é a mesma que serve para explicar o que faz a distinção entre um cão sarnento e um cão nojento. Atitude. É isso que determina a imagem que cada um projecta nas cabecinhas das outras pessoas. Umas mulheres ficam sensuais porque vestem vermelho por fora e por dentro (metaforicamente falando). Certo. Eu passo a explicar essa brilhantíssima conclusão fundamentada em aprofundados estudos levados a cabo ao longo de várias décadas de isenta observação (ou seja, durante a minha vida). Colocando isto em palavreado simples (que até o panhonhas da camisinha engomada pela mãezinha e penteado de risco ao lado possa entender), qualquer mulher que consiga o prodígio da sensualidade estando enfiada num vestido vermelho, é cadela dengosa por excelência, e é mais segura de si mesma do que o cofre-forte da Casa da Moeda. Resumindo isto num resumo muito bem resumidinho (sim, sim, apeteceu-me esta repetição desnecessária), essas mulheres têm personalidade. Sim, meus caros (e baratos) rapazolas, essa raridade existe! Não é mito, não! Mas essas não são para os dentes de qualquer um. Só os cães sarnentos lhes deitam as patas. (bem… a maior parte das vezes…) Algumas lá conseguem imitar a sensualidade vermelha, mesmo com uma personalidade ligeiramente oca. Na brejeira linguagem do vulgar calão, são as tais a quem se chama de “putas caras”. Pode não ser bonito, mas a realidade é mesmo assim. E já que estamos a falar dessas ilustres mulheres muito trabalhadoras (o que foi? São mesmo! … aquilo é que é “trabalhar”!), aproveito para descer consideravelmente a tabela de preços e abordar o outro lado da questão da mulher dentro de vestido vermelho. Sim, as tais que não conseguem mais do que parecer a prostituta da esquina. Essas… bem… na verdade, essas dificilmente conseguirão parecer sensuais de qualquer maneira. (imaginem aqui o meu sorriso malicioso, se quiserem). São aquelas que, imaginemos, saem de dentro daqueles bolos de aniversário de vários andares (que se vêem nos filmes, de onde por norma sai uma stripper) e obrigam o aniversariante a devolver o bolo à pastelaria por ter pedido uma cereja e lhe terem posto uma groselha. É claro que há cães que não se importam de se contentar com a groselha (os cães nojentos, para que se saiba), e aqueles que eventualmente até preferem a groselha (para estes cães nem sequer há adjectivo que denigra suficientemente a sua subespécie). Trocando isto por palavras que até a mente mais simples pode perfeitamente entender, a mulher que consegue ser sensual veste o vestido vermelho para agradar a si mesma (mesmo sabendo que também agradará aos cães), e a mulher que de maneira alguma, jamais, em todas as realidades possíveis de absurdas leis que permitam todos os disparates, por mais ridículos que se apresentem (OK, se calhar exagerei um bocadito) … concluindo, essas DEVEM afastar-se de todo e qualquer vestido vermelho! (excepto na única ocasião em que tal despropósito lhes é justamente permitido… no Carnaval). Mas há que acompanhar os tempos. Agora as mulheres vão trocando os seus femininos vestidos pelas (também) femininas calças. Não tenho absolutamente nada contra essa tendência (adoro admirar um belo traseiro de mulher bem apertadinho dentro das costuras de um sugestivo par de calças), mas acontece que, como me pareceu mais apelativo usar uma imagem com uma mulher de calças em vez do tal vestido, pareceu-me que devia justificar essa escolha de alguma maneira. O que é que querem? Nem todas as palavras que digo têm de ser verdades absolutas e iluminadas. Posso perfeitamente dizer algumas frases apenas porque me apetece. Aceito, sem qualquer problema, viver com a ideia de que consigo fundamentar com uma base aparentemente lógica qualquer idiotice que me apeteça afirmar. (não, não estou a admitir que digo idiotices… isso seria uma idiotice).

Cão Sarnento.

De pequenino se torce o pepino





A coisa começa mesmo no berço. Desde tenra idade que a tirania hormonal da Mãe Natureza obriga o cão sarnento a mostrar a sua raça. Começa sempre por coisas pequenas, completamente inocentes aos olhos dos adultos, e às vezes absolutamente imperceptíveis. A primeira vez que o miudinho levanta a saia à miudinha, apenas para descobrir que ainda é demasiado cedo para regalar os olhitos com uma minúscula lingerie que convida à sacanagem. (é claro que os termos “lingerie” e “sacanagem” ainda se encontram em fase de conhecimento embrionário, bem como todas as noções mais elaboradas de sexualidade). Mas, como se costuma dizer, o que conta é a intenção. E aquele primeiro beijito que se dá antes mesmo de saber o que é beijar? Ah!... esse é que é! Tão inocente! Tão espontâneo! Tão enganador! Sim, sim… enganador! Porque o cãozito (ainda sem a sua sarna) é demasiado inexperiente para perceber que a raiz do mal se desenvolve precisamente a partir daí. É o primeiro beijo que infecta o cãozito. A partir desse inocente, mas fatídico gesto, apenas lhe resta tornar-se uma de duas coisas: cão sarnento ou cão nojento. Será cão sarnento se aprender as coisas como deve ser. Se aprender que depois da infecção já não se pode curar essa virose inocentemente contraída por vida de contacto directo com uma fêmea durante a tenra idade do macho. Resta-lhe produzir anticorpos para combater a maleita, permitindo-lhe assim uma vida longa e repleta de contactos com fêmeas adultas para as quais já está devidamente imunizado. De certa forma, para os cães sarnentos, o primeiro beijo funciona como uma vacina. E serão cães nojentos se a produção de anticorpos for insuficiente ou (em caso de calamidade) nula. Neste caso, os pobres imbecis tornar-se-ão autênticos invertebrados sem vontade própria, cujo principal móbil é decidido pela exigência hormonal de copular com quantas fêmeas aparecerem no campo de visão (incluindo a periférica), e dentro dos limites do seu faro detector de disposição de acasalamento. Assim, sob a tirania da premissa básica “dá-me a única coisa que eu quero, que eu dou-te tudo o que tu quiseres”, esses cães nojentos, autênticos iconoclastas da boa imagem do excelso cão sarnento, contribuem inadvertidamente para a proliferação da ideia errada de que os homens são todos modelo estandardizado, de mente simples e objectivo único. Não, não, minhas meninas! Os cães sarnentos são homens. Os cães nojentos são projectos. O que acontece é que a maior parte das parvinhas das mulheres têm nas suas cabecinhas uma ideia redutora dos homens, porque simplesmente têm o fastidioso hábito de se contentarem com projectos. Os projectos de homens são fáceis de dominar com um jogo de cintura (quem nem precisa de ser grande coisa, diga-se). Basta o comum vaivém (ou sobe e desce) de ancas para a coisa se tornar satisfatória. Enfurece-me que haja “homens” assim! E dão-me urticária as mulheres que se contentam com eles. No final de contas, são essas que tais que afirmam à boca cheia que os homens são todos iguais. Pudera! Em vez de pouparem uns milhares de euros para a etiqueta de “certified quality”, só conhecem o produto adquirido para o desenrasque na velhinha loja dos 300! (300 escudos = cerca de 1 euro e meio, para quem não sabe).

Cão Sarnento.

Como o cão e o gato




Eu adoro as mulheres. Todos os cães sarnentos adoram. E a verdade verdadinha é que as mulheres gostam dos cães sarnentos. Ainda assim, fartamo-nos de andar às turras como o cão e o gato. Vá lá, minha gente… nós não somos duas facções inimigas que têm por principal objectivo extinguir a outra numa guerra sem quartel! Não somos adversários mortais! Nada disso! Somos aliados nesta vidita desgraçada. Cada um dos lados dá tempero ao outro. OK. Não vamos agora falar dos homossexuais… ah, e tal, os paneleiros (o termo não é para ser entendido como ofensivo, uma vez que apenas serve para diferenciar os homens “homo” das lambe-cricas) não precisam das mulheres, e as lambe-cricas (o termo não é para ser entendido como ofensivo, uma vez que apenas serve para diferenciar as mulheres “homo” dos homens) não precisam dos homens. Tretas! Enquanto a Mãe Natureza ditar as regras, homens e mulheres têm mesmo de se gramar. Suponho que não tenho de estar agora aqui a explicar como se processa o mistério da concepção das criancinhas. (se alguém se sair com a piadita espertinha: ah, e tal, as cegonhas… leva um ZAP! imediato com a minha arma de raios lobotomizantes). Como eu estava a dizer antes da divagação… adoro as mulheres. E sei que cada cadela dengosa também tem um cão sarnento dentro de si. (cada um que encaixe aqui as piadas que entender… não esperem que seja sempre eu a fazer a papinha toda). Ora pois, então… um pica daqui, outro pica dali, e a brincadeira até se torna divertida se houver fair play. Há que conhecer os limites do permitido. Não, não é tudo permitido no Amor e na Guerra. Isso é mais uma idiotice tirada da sabedoria bacoca do senso comum. No Amor, há duas coisas que não são permitidas. Uma, eu sei-a bem. A outra desconheço-a. (não devemos partir do princípio que tudo se resume àquilo que sabemos). E a Guerra, francamente, não interessa nada para o assunto em questão… já há muitos imbecis a fazê-la e a falar dela. No que respeita às regras do jogo de cintura entre homens e mulheres, temos de ter em conta uma premissa muito importante: quando se mente a alguém, engana-se sempre duas pessoas. Engana-se a pessoa a quem se mente e engana-se o/a mentiroso/a, por pensar que a coisa morre ali. Mas a coisa não se processa bem assim. Nada disso, meus idiotazinhos e idiotazinhas deste jogo lixado de jogar! Nada disso! A mentira é coisa que cresce, floresce, remexe e aborrece. (quase aposto que muitos leram “aborrexe” … isto é, partindo do princípio que “muitos” lêem isto). Mais tarde ou mais cedo, a coisa acaba por tresandar a podre. (não esqueçamos o excelente faro canino). E o que é que isto tem a ver com o facto de os homens e as mulheres se digladiarem como cão e gato? Está bom de ver. Ambos acreditam na mentira de que um dos lados tem de ganhar. Casmurrice idiota! Mas, afinal, quem foi que ditou essa regra? Em que estante empoeirada definha a cartilha onde isso está escrito? Seria muito atrevimento da minha parte propor um justo e proveitoso empate? Seria a coisa assim tão intolerável? Se é para haver disputas, que as haja entre homens, e que ganhe o melhor cão sarnento. E que as haja entre as mulheres, e que se superiorize a cadela mais dengosa. No final, o cão sarnento fica com a cadela dengosa, e pronto. É uma equação simples, sem grandes incógnitas. Mas é evidente que a coisa não pode ficar simplesmente assim, pois não, boys and girls? Certamente, haverá aquelas cadelas dengosas mais espertinhas que vão arrebitar cachimbo e ladrar: “Ei! Alto lá! Mas que treta é essa do cão ficar com a cadela?” (se me perguntarem a mim, é apenas lógico, uma vez que o cão é mais imponente que a cadela, e essas coisas todas de macho e fêmea). Mas é claro que essas cadelas dengosas não vão parar o berreiro, e vão mesmo chegar ao absurdo de sugerir o impensável para qualquer lógica bem fundamentada. “Mas, então, e por que razão não pode antes a cadela ficar com o cão?” (eu bem disse que era uma sugestão absurda). Mas a explicação para essa circunstância perfeitamente disparatada (e impossível de se verificar) é apenas uma, e verdadeiramente simples: o cão sarnento é o senhor das sete quintas, macho supremo e governante absoluto dos seus domínios. Mas (se as estimadas cadelas dengosas me permitem a sugestão), se as meninas de pulso mais firme quiserem de facto mandar, o que não falta por essas ruas é matilhas de cães nojentos que não se importam de bater a bola baixinho. É claro que esses exemplos de pobres desculpas de machos não estão nem perto da linha de água, a partir da qual é medido o nível dos cães sarnentos. Mas, vendo bem, o que também não falta por essas bermas de passeio é muita cadela dengosa que não faz jus à pretensa sabedoria feminina. Suponho que essas não se importam de rilhar os ossos em vez de enfiar os dentinhos na carne. Em última análise, esta treta toda não é nada que se possa efectivamente chamar de “guerra dos sexos”. É uma anedota, é o que é. Em linguagem de sarjeta, é uma questão de honra entre pilas e cricas. Ambos querem o que querem… uma transcendental penetração. (mais uma vez, façam as piadas sexistas que entenderem… a frase foi bem construída, e eu sei bem o que disse, apesar das potencialidades piadéticas). Os homens fartam-se de fingir que não querem só isso… e as mulheres fartam-se de fingir que… bem, basicamente a mesma coisa. Tendo dito tudo isto, podemos retirar destas palavritas duas ilações: primeiro, não consegui nenhuma milagrosa mudança a nível mundial no que respeita a relações entre homens e mulheres; segundo, os ditos cujos vão continuar a engalfinhar-se como cães e gatos… apensar de ser perfeitamente evidente quem é o único vencedor dessa eterna contenda. Não vou dizer quem é o vencedor (é mesmo evidente) … em vez disso, vou deixar que se façam as devidas apostas. Ah! Uma pequena dica para quem queira apostar: (ná! Esqueçam… afinal, não vou dar dica nenhuma… aceitam-se opiniões, da mais absurda à mais ridícula… é para isso que cá estamos). Mas não posso deixar de frisar que gosto das mulheres como se cada cadela dengosa fosse uma tangerina vagarosamente descascada à sombra de um salgueiro, numa calorosa tarde de Verão. Adoro-as, I tell you!

Cão Sarnento.

A pele do lobo

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Segundo dizem os velhotes: “quem não quer ser lobo que não lhe vista a pele.” É, os velhotes são uns sabichões do caraças. No entanto, essa sabedoria toda não os impede de ficarem apodrecidos pelo tempo e amargurados pela impotência. É a vida, meus caros compadres! Não há como fugir ao inevitável. O jeito é mesmo aproveitar enquanto se pode. O que nos leva à versão actualizada desse velho ditado: “quem não quer ser cão sarnento que não lhe vista a pele.” Também, diga-se de passagem, que não é qualquer um que tem estofo para vestir a pele do verdadeiro cão. Não, não, meus rapazolas! Há certos requisitos que têm de ser preenchidos. Para começar, não há cá nada dessa treta de andar atrás de todo e qualquer rabo de saia, como os cães nojentos que farejam qualquer rabo de cadela que vêem passar. Não! Isso é estritamente proibido. Tem de haver critérios. Só porque a fêmea tem o que tem entre as pernas (não, não me refiro aos joelhos, seus idiotazinhos!), o macho não tem de ir sempre lá com a sede toda ao pote. Isso é coisa de cão nojento. Cão sarnento que se preze não faz isso. É selectivo. Não gasta o seu precioso e requintado faro com qualquer vadia que atravesse o perímetro da mijadela territorial. E não se iludam com aquela cadela que tiver uma matilha de seguidores atrás dela. Das duas, uma: ou tem a mania que é boa demais para todos eles e não anda com nenhum (e nesse caso nem sequer vale a pena desperdiçar tempo com ela), ou então não presta mesmo para nada e anda a enrolar-se com todos eles (o que, vendo bem, é uma possibilidade ainda mais desanimadora do que a primeira). Cão sarnento que esteja à altura dos padrões exigidos para assim ser considerado estuda o terreno e espalha criteriosamente as suas mijadelas que demarcam o seu território. Trocando isto por miúdos, meus rapazolas: o cão sarnento não anda a enfiar o nariz onde uma matilha de cães nojentos já andou a farejar, não senhor… em vez disso, espalha as suas feromonas pelo ar e espera calmamente que as fêmeas venham farejar. E podeis estar descansados, que elas vêm. Depois de tantas metáforas, acho melhor esclarecer (há cães com menos inteligência do que outros), que quando falo de mijadela territorial não é para andar por aí a regar cada tronco de árvore, arbusto, candeeiro ou roda de carro… nem mesmo toda e qualquer esquina escondida. Não! Nada disso! A “mijadela territorial” é a postura do cão. A atitude é tudo, meus rapazolas! A atitude diz às fêmeas quem é o “rei do pedaço” sem que o macho em questão tenha de andar a levantar a perna para tudo o que é lado. A pele do cão sarnento é isto mesmo. Mas também pode ser uma t-shirt preta com um logótipo sugestivo no peito. E não podemos esquecer o clássico e internacional “AUF!” Ignorem a treta de que “cão que ladra não morde”. O cão sarnento está acima de preconceitos estúpidos e perfeitamente infundados. Eu sou cão sarnento por excelência e mordo. 8ó se mordo!) Mesmo depois de ter ladrado isto tudo, sou tão capaz (provavelmente, mais ainda) de morder como outro macho qualquer.

Cão Sarnento.

"Amo-te. Juro."



“Jura que me amas.” Desculpa, mas… hã? De onde raio vem essa ideia de absoluto génio, que navega dentro das cabecinhas das mulheres, que basta que os homens jurem para que automaticamente aquilo que eles dizem passe a ser a mais incontestável das verdades? É um esforço assim tão impossível compreender que quem mente não se importa de jurar a torto e a direito? Então, se eu disser: “Amo-te. Juro.”, isso faz de mim o homem mais sincero à face da terra? Pois. Certo. Deve ser mesmo isso. NOT! Mulheres. Minhas queridas mulheres. Fiquem lá espertas! Pode ser? A expressão: “quanto mais jura, mais mente” diz-vos alguma coisa? Diz, pois. Diz-vos que não tem importância nenhuma que os homens mintam, desde que vos jurem que dizem a verdade. Nunca devemos subestimar o poder da negação. E dizem-se elas dotadas de inteligência superior. Superior segundo qual termo comparativo? Uma ameba? Devo explicar o que é uma ameba? É mesmo necessário? Alguém “gives a fuck” para o raio de um bichinho unicelular? Basta que se esclareça que o verdadeiro QI das mulheres é proporcional a essa criaturinha. E para que as mulheres percebam o que quero dizer, QI significa quociente de inteligência. Sei que sou um cão sarnento, e tal, mas para bem da justa imparcialidade, devo admitir com considerável tristeza que uma desconfortável percentagem dos homens também agradece a explicação do termo QI. Admito que há cães mais estúpidos do que outros. Não é estupidez, é apenas ignorância desinteressada. São ignorantes e não se interessam em deixar de ser. Esses cães deviam mudar de sexo para se tornarem naquelas mulheres que se metem debaixo de qualquer um com uma facilidade que interessa apenas à vontade que impele o vómito a qualquer um que tenha um nível razoável de exigência. Apenas cadelas vadias que aceitam colar as ancas durante meia hora a qualquer rafeiro que lhes cheire o rabo. Qualquer cão que lhes ladre: “Amo-te. Juro.”


Cão Sarnento.

Doenças do coração

Pois é. As mulheres são mesmo umas enfermeiras do caraças! Umas autênticas santas milagreiras! Isto é, se partirmos do princípio que a sua função é massacrar o doente (qualquer cão desgraçado que fique aos seus cuidados) com uma panóplia de inomináveis tormentos tecidos numa intrincada rede de promessas ilusórias, e outras mentiras esqualidamente elaboradas com um descaramento desconcertante, que insultam a douta inteligência de qualquer cão sarnento que se preze. Tudo começa com a fatal mentira de que vão ser boazinhas para o pobre coitado que tem o coração destroçado (cortesia de outra enfermeira qualquer, está bom de ver). Sim, e na verdade até são mesmo. São boazinhas que se fartam, até o pobre coitado se recompor da sua dorzita de coração. Depois… ZÁS! Elas pegam no bisturi e seccionam novamente o coração do pobre cãozito em quantos pedaços lhes apetecerem. As mulheres são mesmo todas iguais. Não pode haver ilusões neste departamento, meus caros e fraternos caninos. E dizem elas que os homens é que são todos iguais. Infelizmente, até são mesmo (com a evidente excepção deste vosso altíssimo conselheiro, claro está). Mas a explicação para essa triste e aborrecida estandardização é apenas uma, e perfeitamente lógica. Os homens são todos iguais porque as mulheres são todas iguais. É tão simples que até dói. O que é que as mulheres procuram num homem? Como se todos não soubessem muitíssimo bem (ou, pelo menos, todos pensam que sabem) … mas mesmo assim eu vou dizer. As mulheres procuram o odor animal das feromonas. Procuram a macheza do exemplar Alfa. O líder da alcateia. Aquele que se destaca na multidão. O “the main man”, por assim dizer. Baboseiras! Tudo baboseiras! As mulheres não procuram nada disso. Elas procuram o que todas as criancinhas mimadas procuram dentro dos embrulhos espalhados à volta da árvore de Natal. Olham para o embrulho visualmente mais apelativo (a embalagem maior, o lacinho mais bonito… whatever the fuck ever!), e vão logo a correr abri-lo, esperando encontrar lá dentro o melhor brinquedo. E as crianças não são pacientes a abrir presentes. Enfiam as suas mãozinhas no papel de embrulho e rasgam e rasgam, até chegaram onde pretendem. As mulheres são assim… apenas criancinhas alucinadas pela euforia de encontrarem o melhor presente. E o que é o melhor presente? (perguntais vós, meus caros presentes embrulhados e por embrulhar). Bem, o presente é o coração mais resistente que elas conseguirem encontrar. Elas adoram essa treta de gajo distante e aparentemente empedernido. Suponho que devem considerar algum tipo de desafio pessoal, ou lá o que raio lhes vai nas suas cabecinhas diabólicas. Devem pensar: “Eu hei-de conquistá-lo, custe o que custar!” Pois… custe o que custar. E, normalmente, quem paga a factura é o pobre coitado. Como disse alguém (que era quase tão espertinho como eu): “Só amamos plenamente aquilo que não possuímos em absoluto.” Ou alguma treta bem parecida. Não interessa. Não sou muito de acertar nas citações das palavras de outros. É agora que podem começar a levantar as questões: ah, e tal, mas elas gostam é de gajos com dinheiro! (também… são os tais presentes caros); e gajos que se vestem bem, e todos perfumados (concordo, os tais embrulhos visualmente apelativos); e que sejam bons na cama (às vezes! … não se iludam com a sobrevalorizada importância deste aspecto); e blá, blá, blá… Poderíamos ficar aqui eternamente a vomitar repetitivas opiniões acerca do que elas procuram num homem. E sabem que mais? Mesmo as opiniões mais descabidas seriam verdadeiras! (mesmo aquelas que antes eu disse que são baboseiras). As mulheres procuram mesmo tudo num homem. (apenas isso pode justificar o facto de muitas delas escolherem uns pulhas de uns cães nojentos). Adiante. Há de tudo. Resumindo: o que as mulheres procuram num homem é isto…

Cão Sarnento.

Instinto Materno


Será que chupar os mamilos a uma mulher lhe desperta o desejo sexual mais básico que a predispõe para uma bela fornicadela, ou será que apenas lhe desperta o tal de instinto materno? No que me diz respeito (para bem da continuidade do gosto que tenho em chupar os mamilos às mulheres), vou continuar a pensar que a realidade corresponde à primeira suposição. A ideia do instinto materno é simplesmente intolerável. Pelo menos para mim, que não padeço de nenhuma desordem mental que remotamente se assemelhe ao complexo de Édipo. Mas acontece que, mesmo assim, é quase inevitável pensar no assunto. Quero dizer… afinal, a principal função para a qual os seios da mulher foram concebidos pela Mãe Natureza é precisamente para amamentar. Então, o que leva a que gostemos de chupar os mamilos das mulheres, mesmo sabendo à partida que dali não sairá leite? (normalmente, esperamos mesmo que não saia!) E quando um homem chupa os mamilos de uma mulher, será que ela o vê como um rapazito que tem de amamentar? E, já agora, devemos ainda pensar em outra questão. Será que uma mulher é mais, digamos, competente do que um homem em matérias de chupanço dos mamilos de mulheres? Sim, temos mesmo de nos perguntar. Afinal, elas é que têm o “material” idêntico. É apenas lógico que elas saibam melhor do que os homens do que gostam. Elas sabem como gostam de ser tocadas. Onde gostam. É claro que não há fórmulas rígidas que se apliquem a essas coisas, mas mesmo assim elas devem saber melhor do que os homens o que fazer com os seios umas das outras. É claro que posso estar a ser simplesmente imbecil ao pensar sequer nestas suposições, mas ei… eu sou o contador da história aqui, e posso ser imbecil sempre que me apetecer. O mesmo já não se pode dizer de muitos outros, que são imbecis mesmo sem quererem. E, pior do que isso, mesmo sem se aperceberem. Mas isso agora não vem ao caso. É assunto para ser futuramente aprofundado. E, como eu dizia, que cena é essa das mulheres afagarem o cabelo de um gajo enquanto ele lhe chupa os mamilos? Afinal, não é isso que elas fazem aos bebés enquanto os amamentam? Se querem saber, eu acho que esta minha dúvida é bastante válida. Não é algo que me atormente enquanto chupo os mamilos a uma mulher (nessas alturas não estou com grandes considerações filosóficas, diga-se de passagem), mas em certas alturas, em que não tenho nada melhor para fazer do que pensar em barbaridades, a coisa acaba por vir ao de cima. Tal como o facto de não entender por que razão há homens que afirmam não se sentirem excitados ao verem duas mulheres a esfregarem-se. Sim. Já agora tenho de falar nisso. Ora, meus caros amigos (por quem não tenho qualquer amizade significativa), os homens que afirmam tal blasfémia só podem ser uma de duas coisas: a) mentirosos; b)homossexuais mentirosos. Em qualquer dos casos, a natureza animal da coisa acaba sempre por levar a melhor. Seja lá qual for a inclinação sexual do indivíduo. Senão vejamos: (nem sequer vou tentar explicar o facto de que todos os homens hetero que afirmam não se excitar com a visão de duas mulheres em cenas lascivas são mentirosos, porque simplesmente são e não preciso de o confirmar com provas científicas); no que diz respeito aos homens homo, sejamos lógicos, se eles gostam de ver um homem a chupar os mamilos de outro homem, convenhamos que, em nome do bom-gosto estético, eles “têm” de gostar de ver duas mulheres (esteticamente muito mais apelativas) a praticar a mesma acção; e no que toca às mulheres (as hetero… porque as homo é claro que gostam), se elas se dispõem a chupar os mamilos aos homens (em alguns casos, por entre emaranhados de pêlos encaracolados) é de supor que não será menos desagradável verem uma mulher a chupar os mamilos a outra. E agora estão à vontade para consideraram tudo o que eu disse um inacreditável chorrilho de idiotices. Acontece que é para o lado que durmo melhor. Além do mais, apenas pretendi dizer algo que justificasse a imagem de uma mulher a chupar o mamilo de outra. Sou mesmo cão, e ponto final.


Cão Sarnento.