Masturbação. Normalmente, o sexo masculino é o culpado do costume. Dizem agora os alegados entendidos que a coisa começa bastante cedo (ainda no ventre da mamã), pelo que, quando o puto salta cá para fora, já vem com as mãos calejadas para o que há-de ser um dos seus passatempos preferidos durante a puberdade (ou “pobre idade”, se preferirem… tanto se me dá). Ora, que os rapazitos em geral se dedicam a essa milenar actividade amplamente conhecida como punheta, não é novidade por aí além. Tal como não causa significativo espanto constatar que mesmo quando esses brincalhões deixam de ser rapazitos, no entanto, não deixam de esgalhar o pessegueiro (outro dos nomes para a coisa… para manter o ridículo num nível aceitável nem sequer vou embarcar em teorias de como terá surgido esta expressão). Ora, tudo muito bem e sim senhora! A rapaziada em geral (independentemente da idade) farta-se de brincar com o que Deus lhes deu (não vamos agora discriminar os Criacionistas, porque eles também esganam o ganso… sim, outro nome). Mas… não só! Então e o mulherio em geral? Mas será que as fêmeas não andam também lá a chiscar no que lhes aquece o baixo-ventre e faz gemer? (pergunta meramente retórica, entenda-se). Pois podem apostar que andam! Ai andam, andam! Mas muitas ainda são partidárias do tal movimento que consiste em atirar com a pedra e esconder a mão. É das tais coisas que as pessoas em geral gostam de exclamar com um misto de orgulho e indignação: “EU NÃO!” É caso para este Cão dizer: “Tenham lá vergonha na cara, e deixem de ter vergonha na cara!” (apesar da aparente contradição, eu quis dizer exactamente o que disse… quem não esconde a mão depois de atirar a pedra entenderá perfeitamente). No que toca aos machos, já nem sequer vou aprofundar a questão. Dizer que tocam umas gaiolas de vez quando é basicamente chover no molhado. É assunto banal em conversas de ocasião. Gostaria de poder dizer o mesmo no que toca às fêmeas. Não vejo qualquer razão válida que justifique a vergonha que as mulheres sentem em admitir que quando a vontade é danada, e não há um apêndice masculino a jeito, elas também vão lá com a mãozinha chafurdar no meio das pernas, esfregar-se como quem se consome em comichões que não param enquanto o clit não levar uma valente tareia com os dedinhos. A verdade é que os dildos existem e são fabricados numa porrada de tamanhos e feitios. E mais ainda… o raio das coisas vendem-se razoavelmente bem. Em algumas áreas mais cosmopolitas, são tão populares como um prato de tremoços numa mesa de cervejaria. Pois é, senhoras e senhoritas (e todas aquelas que mais cedo ou mais tarde deixarão de ser “pitas”), comecem a praticar a honestidade da consciência e… como é que é mesmo? … Ah! A verdade vos libertará! As mulheres só têm a ganhar se estiverem dispostas a uma maior abertura quanto chega o momento de dizerem a um homem que “sim, senhor, meu menino… eu enfio os dedos na crica (seja lá qual for a expressão que usam) sempre que me apetece a valer e tenho oportunidade de o fazer.” O que têm a ganhar com a honestidade? Bem, a resposta completa é demasiado extensa, mas cingindo-me ao assunto em questão: mais prazer. Uma mulher que se toca, toca-se onde gosta e da maneira que mais gosta. Para quem tem dois dedos de testa, eu não precisaria de me alongar na explicação, mas como há testas mais curtas do que outras, a necessidade impõe-se. Melhor do que ninguém, a mulher sabe onde e como gosta de ser tocada. Resumindo as suas opções a duas possibilidades bastante elucidativas, às mulheres resta-lhes: a) serem honestas com os homens, admitirem que também brincam sozinhas, e dizerem logo aos respectivos amorzinhos e afins como é que gostam que o pão seja amassado, evitando assim frustrações de desejos e perdas de tempo que não contribuem de modo algum para uma lubrificação desejada (ou seja, tesão medíocre); b)continuam na sua eterna negação puritana, e fazem figas para que o gajo a quem encarregaram de puxar o lustro às jóias de família seja um excepcional Cão Sarnento que já saiba de cabeça em que sentido deve mexer o açúcar, e qual a temperatura certa para um excelente ponto de rebuçado. Se optarem pela a), não vou estar aqui a vender a banha da cobra… mesmo com a declaração explícita de que gostam disto e daquilo, em muitos casos, a coisa não vai lá logo à primeira (há que escolher muito bem o macho em quem depositar tão útil conhecimento). Quanto a isso não há nada a fazer. Será sempre um processo de tentativa-erro. Se a opção for a b), bem… preparem-se para muitas tentativas e muitos erros. A moral da história? Às vezes, quanto menos moral melhor!
Cão Sarnento.
1 comentário:
Enviar um comentário