Amo-te mais do que a própria vida! Quero-te mais do que a mim mesmo/a! Hã?! Mas afinal, que lorpice é essa que aniquila células nervosas, impedindo os seres humanos de abrirem os seus olhitos (que supostamente permitem aprender através da observação) e de fazerem bom uso da afamada racionalidade? (que evidentemente anda muito sobrevalorizada) Pois é… e quando a coisa dá para o torto, venha lá o amiguinho frasco de comprimidos, ou outro qualquer veneno que, depois de devidamente enfardado goela abaixo em doses cavalares, permite ao/à pobre imbecil (na sua maioria, fêmeas) o derradeiro e dramático suspiro: “Adeus, mundo cruel!” Ora, deixem-se lá disso, idiotazinhos de cérebro mirrado! Não há absolutamente nenhuma razão válida que justifique o suicídio de uma pessoa perfeitamente saudável e, ainda por cima, jovem. (é claro que isto não inclui o falso moralismo de “ah, e tal, eutanásia não, porque é errado”… experimentem sofrer de uma qualquer doença degenerativa dos tecidos, e desumanamente dolorosa, que depois quero ver se ainda arrotam moralidade podre em forma de postas de pescada acondicionadas em contentores com o gerador do frio avariado). Mas como eu dizia, não há justificação alguma para essas atitudes acéfalas decorrentes de um qualquer namorico mal amanhado e respectivo cataclismo emocional. O que há, e em deprimente abundância, é um chorrilho de desculpas esfarrapadas para validar atitudes de pessoas fracas, e pouco criativas, para encontrarem algo melhor que possivelmente não lhes dê desgostos tão profundos. Na verdade, nem me sinto bem ao chamá-las de pessoas. O termo comparativo ofende-me. São apenas “pessoazinhas” que nunca chegam a ser pessoas. Que nunca chegam a ser nada, para além de uma memória deprimente. Todas as pessoazinhas que cometem essa alarvidade nem sequer percebem que, ao fazê-lo, estão precisamente a dar razão às pessoas que as mandaram plantar batatas. Estão a admitir que nem sequer conseguem manter o simples e natural acto de viver. Assim sendo, como raio esperariam conseguir viver “e” amar? Amar pesa demasiado nas costas das pessoas. Não é só no peito. Amar não é só encher o peito e suspirar pelo/a palerminha que “não tem defeitos”. Amar é tanta coisa junta que, a maior parte das vezes, confunde a percepção e parece que amar é tudo. Pois fiquem sabendo que não é. Para que a coisa seja oficialmente TUDO, há que amar e ser amado/a. E sabem que mais? Raramente se acerta à primeira. Poucos abençoados se podem gabar de tal sorte sem mentirem com os dentinhos todos. E mesmo nessas poucas excepções que subvertem o predomínio do processo de tentativa-erro deve estar presente que, para amar, é preciso sofrer. (não, não me refiro a jogos premeditados que visam magoar a outra pessoa apenas por maldade ou simples falta de carácter… refiro-me ao sofrimento que vem da certeza de que, a um dado momento, mesmo a pessoa que ama e é amada sempre perderá a pessoa que ama e por quem é amada… é o inexorável processo de perpétua renovação de gerações que nos leva a exclamar resignadamente: “É a vida!”) Nunca, em qualquer outro momento, as pessoas valorizam tanto o bem-estar como quando sentem o desconforto. Quem sabe o que é dor a sério é mais sábio no valor que atribui a cada momento em que não a sente. Quando amar é o que é, sabem qual é a dor maior e o receio mais profundo? Não é perder a pessoa que amamos… é que a pessoa que nos ama nos perca. É claro que estas palavras (se interpretadas por alguma lógica retorcida) podem parecer dar razão a essas pessoazinhas que emborcam cápsulas de fármacos dos quais não necessitam, mas de modo algum é esse o caso. Para que percebem, basta que saibam a resposta a uma pergunta simples: “Qual é a primeira pessoa que me deve ter amor?” A resposta não poderia ser mais óbvia: “Eu”. E se a construção de uma pessoa não começa por aí, com o ponderado assentar dessa pedra basilar, não há nenhum prodígio de engenharia espertinho que sustente o que quer que seja em cima dessas fundações defeituosas. Se a tal cara-metade se vai, que se vá. Então, que vá, pá! Deixem-se lá de “ai que sou a vítima”! O mais certo é já terem também, no passado, deixado em cacos o coração de alguém (que não se suicidou por causa disso). E se a tal pessoa “mais do que tudo” se foi, acreditem que não será por via de uns quantos comprimidos que haverá algum regresso “Hollywoodesco”, com orquestra de fundo a deixar lágrima no canto do olho. O mais triste é que muitas dessas pessoazinhas devem mesmo pensar que estão apenas a arranjar uma maneira de chamar a atenção, na esperança de que o Universo reveja as leis da atracção e que o/a tal que se pirou perceba finalmente o seu infinito amor e regresse para os braços do/a suicida patetinha. Yeah, right! Vão mesmo querer ter filhos com alguém que demonstra tão limitado respeito pela própria vida. E essas criaturazinhas (limitadas de assunto suficiente para levar uma vida digna do conceito de viver) não querem verdadeiramente morrer. Apegam-se à ideia de que uma rápida ida às Urgências, e uma bem sucedida lavagem ao estômago, as livrará da foice da senhora ossuda, como se nada tivesse acontecido. Mas não lhes cabe nas cabecinhas que o máximo que poderão conseguir é chamarem a atenção para o quão patéticas são, e como foi acertada a decisão de alguém as abandonar. Já nem vamos mencionar a probabilidade respeitável que aponta para a eventualidade de que, efectivamente, poderão MORRER. Tenham lá juízo! No dia em que cada pessoa nasce, nascem mais alguns milhares razoáveis. É uma burrice estatística pensar que apenas uma delas representa a metade que falta. Let it go!
Cão Sarnento.
Cão Sarnento.
3 comentários:
Vejo que nunca telefonaste a alguém, a kilómetros de distância, com um ultimato manipulador na voz!...
Pois, acho que o fizeste, tu, sempre juiz implacável da fragilidade dos outros a esconder a óbvia (mete-se pelos olhos dentro) que é a sua.
Telefonaste a avisar manipular de forma exímia com terror alguém. Telefonaste sim.
Cobardia, não é?
Se clicares neste link:
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encontrarás uma lista de pessoas "especializadas" que, suponho, poderão ajudar-te (podes escolher uma qualquer... garanto que não ganho qualquer tipo de comissão).
Se clicaste lá, certamente verificaste que não te serviu de nada, pois não é mesmo um link. Copia o endereço e cola-o no motor de busca da tua preferência. Não quero que te falte nada (por uma questão de incógnita solidariedade universal para com as pessoazinhas do mundinho).
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