Como o cão e o gato




Eu adoro as mulheres. Todos os cães sarnentos adoram. E a verdade verdadinha é que as mulheres gostam dos cães sarnentos. Ainda assim, fartamo-nos de andar às turras como o cão e o gato. Vá lá, minha gente… nós não somos duas facções inimigas que têm por principal objectivo extinguir a outra numa guerra sem quartel! Não somos adversários mortais! Nada disso! Somos aliados nesta vidita desgraçada. Cada um dos lados dá tempero ao outro. OK. Não vamos agora falar dos homossexuais… ah, e tal, os paneleiros (o termo não é para ser entendido como ofensivo, uma vez que apenas serve para diferenciar os homens “homo” das lambe-cricas) não precisam das mulheres, e as lambe-cricas (o termo não é para ser entendido como ofensivo, uma vez que apenas serve para diferenciar as mulheres “homo” dos homens) não precisam dos homens. Tretas! Enquanto a Mãe Natureza ditar as regras, homens e mulheres têm mesmo de se gramar. Suponho que não tenho de estar agora aqui a explicar como se processa o mistério da concepção das criancinhas. (se alguém se sair com a piadita espertinha: ah, e tal, as cegonhas… leva um ZAP! imediato com a minha arma de raios lobotomizantes). Como eu estava a dizer antes da divagação… adoro as mulheres. E sei que cada cadela dengosa também tem um cão sarnento dentro de si. (cada um que encaixe aqui as piadas que entender… não esperem que seja sempre eu a fazer a papinha toda). Ora pois, então… um pica daqui, outro pica dali, e a brincadeira até se torna divertida se houver fair play. Há que conhecer os limites do permitido. Não, não é tudo permitido no Amor e na Guerra. Isso é mais uma idiotice tirada da sabedoria bacoca do senso comum. No Amor, há duas coisas que não são permitidas. Uma, eu sei-a bem. A outra desconheço-a. (não devemos partir do princípio que tudo se resume àquilo que sabemos). E a Guerra, francamente, não interessa nada para o assunto em questão… já há muitos imbecis a fazê-la e a falar dela. No que respeita às regras do jogo de cintura entre homens e mulheres, temos de ter em conta uma premissa muito importante: quando se mente a alguém, engana-se sempre duas pessoas. Engana-se a pessoa a quem se mente e engana-se o/a mentiroso/a, por pensar que a coisa morre ali. Mas a coisa não se processa bem assim. Nada disso, meus idiotazinhos e idiotazinhas deste jogo lixado de jogar! Nada disso! A mentira é coisa que cresce, floresce, remexe e aborrece. (quase aposto que muitos leram “aborrexe” … isto é, partindo do princípio que “muitos” lêem isto). Mais tarde ou mais cedo, a coisa acaba por tresandar a podre. (não esqueçamos o excelente faro canino). E o que é que isto tem a ver com o facto de os homens e as mulheres se digladiarem como cão e gato? Está bom de ver. Ambos acreditam na mentira de que um dos lados tem de ganhar. Casmurrice idiota! Mas, afinal, quem foi que ditou essa regra? Em que estante empoeirada definha a cartilha onde isso está escrito? Seria muito atrevimento da minha parte propor um justo e proveitoso empate? Seria a coisa assim tão intolerável? Se é para haver disputas, que as haja entre homens, e que ganhe o melhor cão sarnento. E que as haja entre as mulheres, e que se superiorize a cadela mais dengosa. No final, o cão sarnento fica com a cadela dengosa, e pronto. É uma equação simples, sem grandes incógnitas. Mas é evidente que a coisa não pode ficar simplesmente assim, pois não, boys and girls? Certamente, haverá aquelas cadelas dengosas mais espertinhas que vão arrebitar cachimbo e ladrar: “Ei! Alto lá! Mas que treta é essa do cão ficar com a cadela?” (se me perguntarem a mim, é apenas lógico, uma vez que o cão é mais imponente que a cadela, e essas coisas todas de macho e fêmea). Mas é claro que essas cadelas dengosas não vão parar o berreiro, e vão mesmo chegar ao absurdo de sugerir o impensável para qualquer lógica bem fundamentada. “Mas, então, e por que razão não pode antes a cadela ficar com o cão?” (eu bem disse que era uma sugestão absurda). Mas a explicação para essa circunstância perfeitamente disparatada (e impossível de se verificar) é apenas uma, e verdadeiramente simples: o cão sarnento é o senhor das sete quintas, macho supremo e governante absoluto dos seus domínios. Mas (se as estimadas cadelas dengosas me permitem a sugestão), se as meninas de pulso mais firme quiserem de facto mandar, o que não falta por essas ruas é matilhas de cães nojentos que não se importam de bater a bola baixinho. É claro que esses exemplos de pobres desculpas de machos não estão nem perto da linha de água, a partir da qual é medido o nível dos cães sarnentos. Mas, vendo bem, o que também não falta por essas bermas de passeio é muita cadela dengosa que não faz jus à pretensa sabedoria feminina. Suponho que essas não se importam de rilhar os ossos em vez de enfiar os dentinhos na carne. Em última análise, esta treta toda não é nada que se possa efectivamente chamar de “guerra dos sexos”. É uma anedota, é o que é. Em linguagem de sarjeta, é uma questão de honra entre pilas e cricas. Ambos querem o que querem… uma transcendental penetração. (mais uma vez, façam as piadas sexistas que entenderem… a frase foi bem construída, e eu sei bem o que disse, apesar das potencialidades piadéticas). Os homens fartam-se de fingir que não querem só isso… e as mulheres fartam-se de fingir que… bem, basicamente a mesma coisa. Tendo dito tudo isto, podemos retirar destas palavritas duas ilações: primeiro, não consegui nenhuma milagrosa mudança a nível mundial no que respeita a relações entre homens e mulheres; segundo, os ditos cujos vão continuar a engalfinhar-se como cães e gatos… apensar de ser perfeitamente evidente quem é o único vencedor dessa eterna contenda. Não vou dizer quem é o vencedor (é mesmo evidente) … em vez disso, vou deixar que se façam as devidas apostas. Ah! Uma pequena dica para quem queira apostar: (ná! Esqueçam… afinal, não vou dar dica nenhuma… aceitam-se opiniões, da mais absurda à mais ridícula… é para isso que cá estamos). Mas não posso deixar de frisar que gosto das mulheres como se cada cadela dengosa fosse uma tangerina vagarosamente descascada à sombra de um salgueiro, numa calorosa tarde de Verão. Adoro-as, I tell you!

Cão Sarnento.

8 comentários:

sofia disse...

Oh bóbi! "Governante absoluto dos seus domínios?? LOL Mas a quais domínios mesmo é que te referes? À sua casota? Ao perímetro que circunda as duas árvores do quintal do vizinho? Epa, está-me cá a parecer que andas um pouco equivocado. E ainda bem, porque cada pretensa revelação que fazes me faz partir o côco a rir :D O única definição de domínio que possa eventualmente existir é entre vocês próprios, os chamados cães sarnentos, nojentos, piolhentos, carracentos e afins. Porque domínio masculino é um conceito que não existe no dicionário feminino. Desejosos estão vocês, de que passe uma fémea distraída pela porta da casota que habitam. Aí se começa imediatamente a assistir a uma miríade de mijadelas em diferentes ângulos e intensidades por parte do cão, que na sua ânsia, recorre ao acto para defender essa fugaz sorte.

Cão Sarnento disse...

hahahah...gostei particularmente da parte "uma míriade de mijadelas em diferentes ângulos e intensidades". (mas achas que todos os cães sarnentos são acrobatas, ou quê?). Vejo que conheces profundamente todo esse ritual que exibe as pretensões de dominância por parte dos machos. Mas enfim... umas partem o côco, outras partem a moca, e outras ainda partem a bilha... mas isso já são outros quinhentos. No que diz respeito a rir, é mesmo para isso que cá estamos, e a coisa não pode ser encarada de outra maneira. No que depender deste humilde (nem por isso) contador de alarvidades, continuarei a fazer rir e a rir-me durante o processo.

sofia disse...

"e outras ainda partem a bilha... "
Já estava a estranhar não vir por aí uma dessas. Lá está! Quando não tem resposta, parte para a ordinarice encapotada. E não, não sou eu que tenho uma mente imunda, Harry Plopper!

A voz disse...

Olá...vi o endereço do teu blog nesse mundo de cães sarnentos e cadelas dengosas que é o hi5...machismos à parte achei o post hilariante =D
bj (Nia)

Turki disse...

Isto aqui nao é o " barco do amor" o Nia!

Cão Sarnento disse...

Se determinada pessoa conhece a expressão "partir a bilha", isso retira-lhe o direito de se referir à dita expressão como "ordinarice encapotada". E, de maneira alguma, sob qualquer circunstância, me sinto diminuído por afirmarem que digo ordinarices. Digo, sim senhor! Encapotadas e descaradas, como bem entender! É conforme a disposição do cão.

rakel disse...

ora ora...
e desde kuando ja se viu o homem viver sem a mulher e vice versa??!!!jamais se conseguira extinguir uma ds raças e jamais seremos adversarios mortais....mas...sim ALIADOS CARNAIS :):)
nao sei kem inventou esta merda de k um ds lados tem k ganhar
por isso e por outras é k este mundinho nao vai pra frente!!!
O uniko sitio onde tem piada a existencia de guerra é na´´cama´´ ai sim tem a sua piada....
PS :A tds as maes :
_kuando o filho/a perguntar :
_mamã como nasci??
_ filho/a foi a cegonha k te trouxe
_mas mamã como?
_ ó filho no bico
por favor poupem os vossos filhos cm esta explicaçao.
nao corram o risco de os filhos xegarem á eskola e a professora explikar o metodo da concepçao e dps uma criançinha responder:
mas professora a mnha mae disse k eu vim na cegonha :(
kuando a criança faz esse tipo de pergunta se axam k é cedo p explikar digam: filho/a mais tarde a mae explika (nao inventem historiazinhas) sejam sinceras,frontais na devida altura pk esse genero de explikaçao hoje em dia ja nao kola
outra coisa k bate certo neste teu texto cao sarnento
outra coisa :johnynho para a proxima eskolhe outro animal k nao seja o gato....é horrivel odeio gatos akele miauuuuuuuuuuuuu....akele roçar nas pernas ufa k nojo :)

sofia disse...

http://www.youtube.com/watch?v=dHpSCHxb780

^^ palavras para quê? responde a tudo :)